A corrosão, apesar de ser um termo químico, aparece bastante no cotidiano, e é o processo de desgaste (assolamento) de um material devido a presença em um meio propício ao fenômeno (reações químicas, eletroquímicas, e entre outras) [1].
Uma pergunta que recebi recentemente em minhas redes sociais motivou escrever esse post. Muita gente acaba não levando em conta o fenômeno da corrosão ao instalar sistemas fotovoltaicos próximos de zonas com alta salinidade, e no futuro, isso poderá ser um problema, já que a vida útil do sistema pode ser reduzida.
Figura 1. Exemplo de corrosão em estrutura [3].
Figura 2. Exemplo de corrosão em módulos fotovoltaicos [4].
Todo sistema fotovoltaico em si, desde a estrutura até os inversores fotovoltaicos quando expostos em algumas regiões do Brasil é necessária a certificação C5 para suporte à corrosão. No que tange as estruturas metálicas a ABNT NBR 14643 trata sobre o assunto. Quanto aos módulos fotovoltaicos a IEC 61701 apresenta as exigências.
Os índices de corrosividade variam de C1 até C6. A certificação C5 é utilizada para regiões agressivas com tempo de condensação superior a 60%, presença de SO₂ entre 90 e 250µg/m3 e cloretos entre 300 e 1.500 mg/(m².d) [2].
Assim, os componentes de um sistema fotovoltaico devem passar por um processo e uma série de testes para suportar o índice C5. Como no Brasil grande parte do território é propenso a salinidade a maioria das estruturas metálicas já vem com suporte a C5. Entretanto, inversores e módulos fotovoltaicos devem ter uma atenção maior, já que muitos fabricantes não realizam esses testes e podem até reduzir a garantia em algumas regiões quando o equipamento é exposto a regiões agressivas de condensação e presença de SO₂!
Logo, nós indicamos que todos observem e cobrem dos fabricantes certificação contra corrosão C5 e IEC 61701 (para módulos fotovoltaicos) para garantir a vida útil do sistema fotovoltaico do seu cliente, principalmente em zonas com alta salinidade.
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